sábado, 30 de abril de 2011

Licença-prêmio

Informo aos leitores do Gabriel online que durante o período de 02 de maio a 30 de junho de 2011 estarei em licença-prêmio, retornando às atividades regulares do jornal e deste blog no mês de agosto do presente ano.

Um abraço a todos.

Prof. Enaldo Pereira Soares.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Bullying



Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.

O bullying se divide em duas categorias: a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.

O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullying entre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.
As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos, convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem se tornar as “próximas vítimas” do agressor. No espaço escolar, quando não ocorre uma efetiva intervenção contra o bullying, o ambiente fica contaminado e os alunos, sem exceção, são afetados negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade.




As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.

O(s) autor(es) das agressões geralmente são pessoas que têm pouca empatia, pertencentes à famílias desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser escasso ou precário. Por outro lado, o alvo dos agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.

No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.

Orson Camargo Colaborador Brasil Escola Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Texto extraído de: http://www.brasilescola.com/sociologia/bullying.htm


Postado por Raphael (9° B)



terça-feira, 26 de abril de 2011

Horta escolar

 Professora Vanessa e monitor Tiago



A aluna Stefanie (8.º D) aguando a sementeira 



Matheus Araúlo (8º C), na horta





ESCOLA VERDE

Este espaço do jornal escolar é destinado aos projetos realizados na Escola Municipal Gabriel Gonçalves da Silva voltados para as questões ambientais, bem como assuntos que tratam do tema.
A aluna Stefanie F. Carvalho, 8º Ano D, conversou com a professora responsável pelo projeto Horta Escolar, Vanessa, que enviou o texto abaixo informando-nos a respeito do trabalho realizado com e pelos alunos.

Projeto Horta Escolar

É um projeto que tem por objetivo conscientizar e sensibilizar os alunos quanto ao cuidado com o meio ambiente e como nós cidadãos temos influencia nele. Como objetivo específico, o projeto da a oportunidade aos alunos de aprender a cultivar plantas utilizadas como alimento e a importância de saborear um alimento nutritivo que foi semeado, cultivado e colhido.
Os participantes do projeto são alunos do turno da manhã e da tarde, que por sinal são muito compromissados e comprometidos, fazendo com que o projeto tenha uma avaliação positiva. As aulas possuem uma parte teórica e prática que dá aos alunos o espaço de colocar seus conhecimentos adquiridos no dia a dia e discutir com os colegas ideias e sugestões a serem aplicadas na horta.
Hoje a horta da escola possui sete canteiros que os próprios alunos limparam, capinaram, araram e adubaram a terra. Neles estão plantados hortelã, cebolinha, taioba, couve, rúcula, cenoura, almeirão (acaba de ser transplantado da sementeira), agrião (acaba de ser transplantado da sementeira) e sementes de alface.

Em todas as aulas os alunos cuidam dos canteiros, retiram as pragas das folhas, regam, adubam a terra e plantam quando necessário, mostrando um grande interesse de expansão da horta. Se você aluno tem interesse de participar ou de doar algum tipo de muda para contribuir com a horta da escola, entre em contato conosco e com a coordenação.

Leia a seguir o texto “Alimentação orgânica” disponível no site Brasil Escola.

Alimentação orgânica

Quando se fala em alimentação orgânica, a ideia que nos vem à mente é de frutas e verduras saudáveis, com aparência e sabor naturais. Mas se todo alimento é orgânico, por que esta denominação é usada somente para aqueles produzidos sem a adição de agrotóxicos? O nome surgiu da necessidade de diferenciar os produtos convencionais dos produzidos sem a adição de adubos químicos e conservantes.
Como tudo começou? No início, o cultivo orgânico se reservava apenas para a produção de hortaliças, mas atualmente abrange a produção de café, açúcar, sucos, mel, geleias, feijão, cereais, laticínios, doces, chás e erva medicinal.
A produção orgânica no Brasil cresce 30% ao ano, esse aumento se justifica pela busca constante da população por uma alimentação mais saudável, livre de substâncias tóxicas.
E os benefícios não se limitam somente aos consumidores de produtos orgânicos, eles se estendem para as áreas de cultivo, é o que se conhece por plantio ecologicamente correto. As técnicas de produção orgânica incentivam a conservação do solo, preservação da água e redução de poluentes.
A maioria da safra de alimentos orgânicos produzida no Brasil tem seu destino na exportação. É verdade que esses alimentos possuem um preço mais elevado se comparados com outros. Mas se existir uma conscientização por parte dos consumidores, e estes passarem a comprar mais, automaticamente vai haver uma redução do preço final do produto.
Para saber se um alimento foi obtido pela produção orgânica, verifique o selo de certificação, ele é a garantia do consumidor de estar adquirindo produtos orgânicos isentos de qualquer resíduo tóxico. O selo passou a ser obrigatório em virtude da Lei (aprovada em 2003) que regulamenta a produção e comercialização da agricultura orgânica no Brasil.

Por Líria Alves
Graduada em Química
Equipe Brasil Escola

Correio do Coração




1) Para: Jonatas (6º C)

O Amor é uma simples palavra que poucos podem pronunciar. Muitos dizem EU TE AMO. Mas quem sabe o que é amar?

Três palavras dizem tudo:
     Eu amo você!

Gosto porque gosto, gosto porque sim,
Gosto e aposto que você gosta de mim.

Foi fazer um raio-X, olha só que confusão: seu nome estava escrito no meu  coração.

Se queres me matar não precisa de um punhal só diga que não me ama e a morte será
FATAL!

De: Dayane (6º C)





2) Para: Bruna (6º C)

Bruna, você é minha melhor amiga neste colégio. Mil beijos de sua amiga.

De: Joyce (6º C)




3) Para: Camila de Carvalho (8º C)

Adoro você! Espero que continue morando em meu coração e que nossa amizade permaneça eterna.
 Grande abraço

De: Matheus (8.ºC)




4)Para: Bruna (6.ºC)

Bruna, você é uma amiga muito especial para mim.
Te amo demais!!!
Espero que a nossa amizade dure para a vida toda.
 Um beijão

De: Isabele (8.ºC)




5) De: Stefanie (8.ºD)

Nunca machuque um coração, pois você pode estar dentro dele!

Para: Marcus Vinicius (7.º D)





6) De: Welligton

Quando você nasceu estava chovendo,
Mas não era uma chuva qualquer.
Eram os anjos chorando por ter perdido a coisa mais linda do céu.
   Três palavras dizem tudo:
Eu amo você

Para: Janaina (7.ºC)





7) Para: Isabele (8.ºC)

Verde é verde
Rosa é rosa
Você é uma amiga maravilhosa!

Gosto porque gosto, gosto porque sim, gosto e aposto que você  gosta de mim...

Amiga sempre tive,
Amiga sempre terei,
Amiga como você,
Jamais esquecerei...

De: Bruna (6.ºC)

Transformações na adolescência




Por que a voz dos adolescentes muda?
              
É culpa dos hormônios, que perturbam o organismo da moçada nessa fase da vida. Na adolescência, tanto os garotos como as meninas começam a produzir os hormônios que realçam as diferenças sexuais. Nelas, aumenta a produção de estrógeno e progesterona. Neles, a testosterona explode, desencadeando uma série de transformações. Uma das mudanças é o crescimento da cartilagem da laringe, onde se localizam os músculos vocais que compõem a prega vocal. E é a vibração dessa prega durante a passagem do ar que sai dos pulmões que produz a nossa voz. Com o crescimento da laringe, os músculos vocais se esticam e aumentam de tamanho. "Com isso a estrutura vocal muda e a voz fica mais grave", diz o otorrinolaringologista (especialista em ouvido, nariz e garganta) Reginaldo Raimundo Fujita, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Como o crescimento da cartilagem da laringe é muito maior no corpo masculino, só os garotos ganham nessa fase o famoso pomo-de-adão, ou gogó. Antes da adolescência, as crianças de ambos os sexos têm o mesmo tamanho de laringe, o que torna as vozes parecidas, entre 250 e 270 hertz (Hz) - unidade que verifica a frequência das ondas sonoras. Na "fase das mudanças", a frequência da voz dos meninos e das meninas cai, tornando o som mais grave, ou seja, a voz mais grossa. Nas garotas, porém, como o estrógeno e a progesterona não fazem tanto efeito na laringe, a alteração na freqüência é menor. O engraçado é que na velhice a voz dos homens e das mulheres se aproxima novamente, pois há uma redução na produção de hormônios tanto masculinos como femininos. É por isso que às vezes não conseguimos distinguir no telefone se estamos falando com um homem ou uma mulher de mais idade.



Biografia - Sylvia Orthof

  Sylvia Orthof(1932 - 1997) 

Neste bimestre a professora de Língua Portuguesa, Cida Passarela, realizou com os alunos do 7º ano atividades sobre o gênero textual autobiografia. Para iniciar o estudo do gênero, a professora convidou cada aluno a falar um pouco sobre suas qualidade e defeitos.  Em círculo, eles conversaram com a professora e expuseram suas memórias.

Em seguida, a professora apresentou aos alunos a autobiografia  da autora e dramaturga Silvia Orthof e solicitou aos alunos que produzissem sua própria autobiografia.

Conversamos com a professora Cida Passarela sobre o trabalho realizado  bem como as produções textuais, ela nos relatou que se emocionou com os textos produzidos pelos alunos e considerou a atividade importante para conhecer melhor seus alunos assim como trabalhar a língua portuguesa.

Orthof, Sylvia (1932 - 1997)            

Biografia
Sylvia Orthof Gostkorzewicz (Rio de Janeiro RJ 1932 - idem 1997). Autora de literatura infantil. Descendente de judeus austríacos que deixam Viena entre a Primeira, 1914-1918, e a Segunda Guerra Mundial, 1939-1945. Sua família é de artistas - o pai, Gerhard Orthof, pintor; a mãe, Gertrud Alice Goldberg, pintora e ceramista; e o compositor Arnold Schöenberg (1874 - 1951), tio materno. Com 18 anos, vai estudar teatro, mímica, desenho e pintura em Paris, e no retorno ao Brasil, dois anos depois, trabalha como atriz. Casa-se em 1957, vai morar numa aldeia de pescadores, Marobá, atual Nova Viçosa, Bahia, e lá desenvolve uma experiência de teatro infantil com bonecos feitos de sabugo de milho. Em 1960, muda-se para a recém-construída Brasília, e continua envolvida com teatro. Com a morte do marido, em 1972, volta para Petrópolis, Rio de Janeiro, onde já havia morado, mas, em 1974, fixa-se na capital, Rio de Janeiro. Então, escreve e dirige a peça infantil A Viagem do Barquinho, encenada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ. Em 1975, funda a Casa de Ensaios Sylvia Orthof, que se dedica exclusivamente a espetáculos infantis. Seu conto O Pé Chato e a Mão Furada é premiado no 1º Concurso Nacional de Contos Infantis do Banco Auxiliar de São Paulo, em 1979, e, nessa ocasião, Ruth Rocha (1931) a convida para escrever histórias infantis para a revista Recreio. A partir de 1981, publica quase uma centena de títulos dedicados ao público infantil. Morre no Rio de Janeiro, em 1997.

Fonte: Itaú Cultural

Para complementar a matéria sobre a autora Sylvia Orthof, selecionamos parte da entrevista em que a filha da autora, Claudia Orthof,  fala um pouco sobre o blog  que construiu para eternizar ainda mais a obra da mãe.

PARA CELEBRAR SYLVIA ORTHOF

Herdeira e filha da nossa eterna Sylvia Orthof, Claudia Orthof revela o que vê de mais irresistível nos personagens da autora e inaugura um blog imperdível para os seus leitores


Por Márcio Vassallo

Já está no ar o blog da Sylvia Orthof (sylviaorthof.blogspot.com). Como nasceu essa idéia linda?
Na verdade vem de uma idéia antiga de fazer um site da obra dela, que como toda obra muito extensa, acaba dificultando as coisas. Então, resolvemos em casa mesmo, iniciar do jeito possível, neste final de ano, tempo de renascimento. Arrumei o presépio pequenino que a mamãe fez e veio a idéia de compartilhar este presépio, celebrando o Natal com algo feito por ela. Mariana, minha filha, conversando com o marido Zuza sobre isso (geração mais internauta que a minha), facilitou as coisas. Assim, fomos começando, semente germinada. Vovó Trude, mãe da Sylvia, adorava provérbios: "O inimigo do bom é o ótimo!"

O que você mais espera deste blog?
Esperamos que seja a semente de uma página/site  bem bonita e original. Talvez a gente consiga patrocínio para fazer uma coisa profissional, criativa, com portas de entrada para crianças, adultos, educadores, artistas, pesquisadores... O blog da Sylvia tem que ter a cara dela, não pode ser uma coisa careta, e isso demanda recursos: humanos, criativos, econômicos. Também demanda tempo e trabalho. Mas quando a gente deseja um caminho tem que começar a caminhar. O primeiro passo foi dado.


O que te desafia neste trabalho de cuidar da obra da Sylvia?
O que me desafia é facilitar o acesso à obra dela, tornar conhecido tanto trabalho que ela fez, como ela trabalhou! Mais de 120 livros, alguns com ilustrações dela, muitos textos teatrais quase todos montados por ela com o grupo teatral Livro Aberto, que hoje continua em Petrópolis com o Fernando Vianna.  Gostaria muito de compartilhar com seus admiradores por meio desta riqueza que é hoje a internet, os objetos cotidianos que ela criou, como o presépio que inaugura o blog. Temos almofadas pintadas por ela, bonecos fantoches e marionetes de teatro, cartões desenhados, quadros pintados, bordados malucos, casaquinhos coloridos de crochê para  bebês, uma criatividade transbordante.


Se você deseja ler toda a entrevista, acesse o site: http://www.agenciariff.com.br/entrevistas/default.asp?cod=47&menu=/Interviews



segunda-feira, 11 de abril de 2011

Fala, professor!


A aluna do Paloma (7.ºA) entrevistou o nosso professor de Ciências, Altivo:

1) O senhor está lendo um livro atualmente? Qual?

Sim, "Encontre Deus na cabana", de Randal Rauser




2) Qual foi a obra que mais lhe impressionou?

"As hortênsias morrem na primavera", de Abílio Coelho.



3) Que livro o senhor indica para os leitores deste blog?

"A cruz e o punhal" de David Wilkerson



Sobre "Encontre Deus na cabana" Paloma pesquisou:

O sucesso do livro trouxe à tona muitas perguntas e dúvidas a respeito de como Deus está presente em nossas vidas. O autor e teólogo Randal Rauser nos leva a uma fantástica jornada através das páginas desta emocionante estória. Entre na cabana, seja bem-vindo e abra o seu coração para as palavras de Deus.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Dicas de leitura (1)


Obra Completa
(Murilo Rubião)

          Murilo Rubião foi um escritor mineiro cuja obra alcançou nas duas últimas décadas um grande reconhecimento da crítica literária. Esta Obra Completa reúne a totalidade dos trinta e três contos escolhidos pelo autor para a publicação.

Sobre o autor: Murilo Rubião nasceu em Carmo de Minas (1916) filho de pai filólogo e poeta, dono de uma vasta biblioteca. Cursou Direito, iniciou carreira como jornalista e funcionário público. Foi assessor do então governador de Minas Juscelino Kubitschek, na década de cinquenta. Faleceu em 1991.

Sobre a sua produção literária: Murilo Rubião tentou por oito anos seguidos publicar o seu primeiro livro de contos, somente obtendo sucesso em 1947, com O ex-mágico. O seu reconhecimento veio apenas com O pirotécnico Zacarias (1974). Seus livros foram traduzidos para o inglês, alemão, tcheco e espanhol. Há cerca de dez anos atrás já havia sido defendidas mais de quarenta teses de doutoramento sobre a sua obra literária.

          Qual é o gênero de Murilo Rubião e qual foi a sua temática? A primeira sensação que o leitor tem com a obra de Murilo Rubião é a de estranhamento. Em um primeiro momento não sabemos se o autor está falando sério, ou, pelo menos, até que ponto está falando sério. Leia este trecho do O ex-mágico da Taberna Minhota:

Fui atirado à vida sem pais, infância ou juventude.
Um dia dei com os meus cabelos ligeiramente grisalhos, no espelho da Taberna Minhota. A descoberta não me espantou e tampouco me surprendi ao retirar do bolso o dono do restaurante. Ele sim, perplexo, me perguntou como podia ter feito aquilo.

          Como é possível alguém vir ao mundo sem pais, e já nascer velho? E enquanto o leitor fica meditando sobre o significado metafórico destas afirmações Rubião sai com esta para não ter dúvida quanto ao caráter fantasioso da narrativa: a personagem principal "tira" o dono do restaurante de seu bolso, rs...

          Curta mais um pouco o humor de Rubião:

O homem [o dono do restaurante contratou o "mágico"], entretanto, não gostou da minha prática de oferecer aos espectadores almoços gratuitos, que eu extraía misteriosamente de dentro do paletó.

O protagonista é demitido pelo dono do restaurante mas é contratado por um circo. Lá ele é bem sucedido. Bem, nem tanto:

(...) eu fazia surgir, por entre os dedos, um jacaré. Em seguida, comprimindo o animal pelas extremidades, transformava-o numa sanfona. E encerrava o espetáculo tocando o Hino Nacional da Conchinchina. E os aplausos estrugiam de todos os lados, sob o meu olhar distante. Com o crescimento da popularidade a minha vida tornou-se insuportável.

          Murilo Rubião é comparado ao escritor tcheco Franz Kafka (1883-1924), autor de O Processo, e o seu gênero é por alguns considerado como "realismo fantástico". Mas isto é outro papo, para as aulas de literatura. Rubião afirmou que não conhecia a obra de Kafka quando passou a escrever os seus contos. Se você estiver interessado em conhecer um pouco sobre Kafka, a sua obra A Metamorfose - em que a personagem se transforma em uma barata-, em divertidos quadrinhos, encontra-se na biblioteca de nossa escola.




RUBIÃO, Murilo. Obra Completa. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. 227p.

Aviso

Aos alunos participantes do projeto do jornal da escola, turma de quartas-feiras, turno vespertino:

As atividades da quarta-feira da semana que vem, dia 13 de abril, foram excepcionalmente antecipadas para a próxima segunda-feira, dia 11 de abril, nos mesmos horários (13h as 14 h e 40 min; e 14 h e 40 min as 16h e 35 min, com o professor Enaldo.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Elementos para uma história do jornalismo

       

          A prensa, inventada por Johann Gutenberg em 1447, inaugurou a era do jornal moderno. A máquina de Gutenberg possibilitou o livre intercâmbio de ideais e a disseminação do conhecimento. Durante a era do renascimento boletins informativos levaram a uma classe cada vez mais numerosa de comerciantes notícias de interesse para as atividades mercantis.

          A partir da primeira metade do século XVIII os jornais começaram a ser publicados com maior frequência periódica. Os primeiros jornais modernos foram editados na Europa Ocidental, em países como a Alemanha, Inglaterra e Bélgica.


Correio Braziliense, o primeiro jornal brasileiro, primeira edição, em 01.º de junho de 1808.

          A partir do século XX os jornais tiveram que se adaptar à nova realidade do rádio. Mais adiante uma nova ameaça: a televisão, o que os obrigou a uma nova autoavaliação diante deste mais novo e poderoso veículo de informação. Entre 1940 e 1990 a circulação de jornais nos EUA caiu de um exemplar vendido para cada dois adultos para apenas um exemplar para cada três adultos. Alguns jornais, como o USA Today, passaram a publicar em cores e com artigos curtos, rápidos e objetivos.

          A internet, tal como anteriormente ocorreu com o advento do rádio e a tv, não aboliu o jornal impresso, ainda que ofereça online um volume muito maior de informações. Os jornais em papel continuam, nos nossos dias, a serem um veículo popular e poderoso.


Texto elaborado por Paloma (7.ºA) e Rafael Justino (9.ºB)